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Perguntas essenciais para liderança, por Jim Collins

Num artigo da revista Exame, o visionário de gestão Jim Collins, durante o evento HSM ExpoManagement, em São Paulo, afirmou que um dos maiores desafios das empresas hoje é o da ausência da reflexão, o de fazer tudo no piloto automático, sem medo do negócio desaparecer. Trata-se de uma situação bem arriscada ainda mais em uma era marcada pela inovação e pela rapidez com que as mudanças de consumo acontecem.

“Não ganha mercado quem inova, inova e apenas inova. Ganha quem sabe integrar criatividade e disciplina a um produto ou serviço inovador e, claro, que tenha escalabilidade para chegar ao cliente”, afirmou ele.

As empresas mais consistentes são as que, segundo ele, têm seus negócios baseados em paixão, construídos por meio de uma disciplina árdua e criatividade empírica. “Só com elas você tem disposição para fazer o que for preciso e para decidir de forma eficiente sobre como fazer”, disse ele.

Collins também defende que certa “paranoia produtiva” também é necessária aos líderes. “Você só aprende com os erros que te exigem sobrevivência. Não adianta ficar com receio por não conseguir prever de onde e quando virão os próximos obstáculos, mas é preciso que você esteja preparado para quando eles acontecerem”, disse o visionário.

Alguns exemplos de empresas que sobreviveram e/ou cresceram a partir de uma ideia nova foram os da Southwest Airlines, concebida a partir de três aviões, e da Microsoft, que começou com cinco colaboradores. “Todos tinham uma gestão cuidadosa em relação ao risco e à prudência. Mas também metas ousadas, grandes e cabeludas de serem muito boas no que se propuseram a fazer”, disse Jim.

De acordo com Collins, é sempre preciso que o líder pare para refletir sobre seu negócio e também sobre sua postura. Quem são seus líderes e mentores? Como você pode ser um mentor para seus funcionários ou jovens ambiciosos? São essas algumas perguntas que ele aponta que precisam ser feitas.

Mas há ainda outras 12, ditas por ele como essenciais para qualquer pessoa que queria ser um gestor de sucesso. Elas deveriam ser respondidas pelo gestor, empresário e também por seus funcionários e são:

1-Queremos criar uma grande empresa e estamos dispostos a nos esforçar para isso?;

2-Temos as pessoas certas nos cargos principais? “Colocar as pessoas no lugar certo é a decisão mais difícil que um líder pode tomar e é preciso ser feita para que o negócio prospere”, afirmou Collins;

3-Quais são os fatos brutais? “Ou seja, onde e em que você ainda precisa melhorar”, disse ele;

4-Se nossa empresa desaparecer, quem sentirá nossa falta? “Também nesse sentido, é preciso que o líder se pergunte quais pessoas de sua equipe tem a capacidade de se reerguer se necessário”, afirma Jim;

5-Qual é a sua marcha de 20 milhas? Qual sua motivação pessoal? Como você sabe se está dentro dela ou não?;

6-Onde vamos apostar com base na criatividade empírica?;

7-Quais são os valores essenciais que vamos sempre seguir?;

8-Qual é a meta ousada, grande e cabeluda que vamos definir para os próximos 15 ou 25 anos?;

9-O que pode nos matar e como vamos nos proteger?;

10-O que você precisa parar de fazer para dar espaço a esse novo foco?;

11-Como você pode aumentar seu retorno sobre a sorte? “Bill Gates não teve sorte, mas ousadia, criatividade, ambição, uma grande ideia. E um pouco de sorte”, disse Collins;

12-Somos uma equipe de gestão de nível cinco e estamos criando uma cultura de nível cinco?;

Envolver-se com algo que você gosta e acredita e assim chegará a uma satisfação suprema, lembra Collins. “Quando se encontra parceiros ideais, para fazer com você algo que te dá paixão e realização profissional, você acaba dando uma contribuição única para o mundo, fazendo diferença para as pessoas. Esse é o sucesso verdadeiro”, afirmou o visionário.

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