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Um dia de luto para a advocacia brasileira

Todos os anos, o 27 de agosto é lembrado pela OAB como o “Dia Nacional de Luto da Advocacia Brasileira”. Na mesma data, em 1980, um atentado a bomba direcionado ao presidente Eduardo Seabra Fagundes terminou por tirar a vida de sua secretária, Lyda Monteiro.

À época, o país sofria com os constantes atentados e boicotes ao processo de redemocratização, e a OAB, que era referência de lutas democráticas, foi atacada. Um relatório emitido pela Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, concluído em 2015, identificou três agentes do Destacamento de Operações de Informações (DOI) / Centro de Informações do Exército (CIE) como responsáveis pela tragédia. Nenhum deles sofreu quaisquer consequências.

Atualmente, a OAB reforça sua atuação em defesa dos valores fundamentais para a advocacia. “Hoje, ao relembrarmos esse dia sombrio da nossa história, reafirmamos o nosso compromisso com a defesa dos princípios democráticos, da igualdade perante a lei e da Justiça para todos. Que possamos seguir lutando por um Brasil onde os direitos sejam respeitados e a democracia, perene”, declarou o presidente do CFOAB, Beto Simonetti.

Direitos humanos

A homenagem a Lyda Monteiro existe desde 2020, quando a proposta do então presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Hélio Leitão, foi acolhida pelo Conselho Pleno da Ordem. No ano passado, a memória de Lyda, que já estava preservada no museu do Conselho Federal, também recebeu nova deferência, com o batismo da nova sala de reuniões da entidade, espaço equipado para dar suporte aos conselheiros e conselheiras federais. O local recebeu o nome de Lyda Monteiro da Silva.

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