A consultoria PwC divulgou um balanço informando que, no Brasil, mais de 80% das empresas tem composição familiar. Todavia, outros estudos da mesma organização mostram que apenas 12% das empresas familiares chegam à terceira geração, e apenas 1% à quinta. Este caso deve-se principalmente a falta de um plano de governança, e consequentemente respeito a este documento de normas por parte de seus integrantes. Tal desorganização ocasiona disputas e conflitos, que naturalmente são refletidos no funcionamento da empresa.
Dentre as empresas familiares que seguem em funcionamento por mais tempo, uma prática é condição, a adoção de um sistema de governança que distingue com clareza proprietários e gestores, ou seja, herdeiros de fato são os donos da empresa, mas não necessariamente administram ela, afinal tal tarefa depende de habilidades técnicas específicas, que nem sempre são encontradas no grupo familiar.
No fim das contas, tudo é uma questão de expectativas, pois no momento onde existe uma clareza dos parâmetros com relação à participação dos resultados, perspectivas para evolução em cargos internos, e direcionamento dos negócios, os ânimos tendem a se acalmar, evitando o enfraquecimento de laços familiares e tantos outros conflitos que podem impedir a companhia de prosperar.
Procurar adotar sistemas de governança só farão com o mercado enxergue de forma positiva o movimento, seja de profissionalização de pessoas, processos e políticas de direcionamento geral dos negócios. Não bastasse isso, com a melhora geral de organização e imagem, sua empresa familiar tende a ser mais interessante para jovens talentos, com potencial para inovação e adaptação às mudanças de cenário e tecnologia. Com estratégia correta de governança corporativa, empresas familiares podem dar certo.